Eurodeputada Isabel Carvalhais lembra que a segurança alimentar não é um dado adquirido e pede apoios para a seca

“É urgente acautelar a sustentabilidade dos nossos sistemas alimentares, a bem dos agricultores de hoje, mas em particular das novas gerações de agricultores.”

A agricultura foi um dos temas em destaque esta semana no Parlamento Europeu. Enquanto membro da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, a eurodeputada Isabel Carvalhais interveio em ambos os debates que visam diretamente o setor e que estão profundamente ligados: a segurança alimentar e a crise da água.

Isabel Estrada Carvalhais – Intervenção na Sessão Plenária – 15 de Junho 2023

No debate sobre a segurança alimentar, destacou a necessidade de se priorizar a garantia da segurança alimentar e da resiliência a longo prazo da agricultura da União Europeia.“A segurança alimentar não é um dado adquirido na União Europeia, onde os custos da alimentação são uma fonte de preocupação diária para milhões de europeus e o nosso futuro não pode dar-se ao luxo de não ter uma agricultura plenamente consciente (e apoiada para o efeito como sempre temos defendido) quanto ao seu papel crucial na preservação dos recursos naturais”, referiu.

Na sessão plenária, onde foi abordada a crise da água na Europa, Isabel Carvalhais deu o exemplo da situação que Portugal vive no caso da seca, em que no mês de maio já tinha a totalidade do seu território em situação de seca, com 35% em seca severa ou extrema.

Este cenário traz consequências muito gravosas para a produção agrícola e para a pecuária extensiva, com enormes impactos financeiros sobre aqueles que vivem destes setores”afirmou Isabel Carvalhais.

A eurodeputada aproveitou para lembrar que é vital que no imediato existam medidas de apoio, incluindo apoio financeiro, que ajudem os agricultores e as populações rurais mais afetadas pela seca, pelo menos mitigar os seus impactos, referindo ainda que “ é preciso uma verdadeira estratégia europeia para a gestão hídrica, ou corremos o sério risco de criar desertos populacionais e ambientais na Europa”.

 

Edição de junho 2023 da Revista Voz do Campo: