Autoria: Ellen Thompson

Diretora Global de Rubus Breeding e Desenvolvimento, Hortifrut Genetics Ltd.
Nota: Artigo no âmbito da comunicação oral da autora durante a Morocco Conference Berry

A HORTIFRUT foi fundada no Chile em 1983 e o modelo de negócio da empresa baseia-se em alianças estratégicas, reunindo os melhores parceiros dos hemisférios sul e norte através de plataformas comerciais, marcas próprias e integrando o negócio desde a genética até o cliente final.

A empresa está a celebrar o seu 40º aniversário e mantém a sua missão de fornecer, de forma sustentável: “Pequenos frutos para o mundo todos os dias”.

Sendo o maior produtor de mirtilos e o segundo maior produtor de framboesas a nível mundial, a HORTIFRUT está a acompanhar de perto o futuro e as oportunidades para os pequenos frutos, em especial as amoras e cerejas. As amoras, em particular, ascenderam recentemente à categoria de produtos premium, proporcionando novas experiências ao consumidor com base na doçura, aroma e consistência. A combinação de genética, ambiente, assim como o uso de técnicas modernas de cultivo e colheita está a preparar o caminho para a expansão das áreas de produção e aumento do consumo de amoras por parte dos consumidores.

As oportunidades para a amora começam na genética

Desde 2003, a HORTIFRUT tem investido em programas de melhoramento para semear um futuro de sucesso. O melhoramento de plantas é uma estratégia a longo prazo, uma vez que, geralmente, são necessários mais de 7-10 anos para desenvolver uma única variedade. Além disso, os programas de melhoramento genético podem promover a sustentabilidade, gerando cultivares adaptadas às condições climáticas adversas e variáveis. Existem mais de 1300 espécies de amoras silvestres em todo o mundo, em todos os continentes exceto na Antártida. Com a crescente disponibilidade de ferramentas moleculares, o momento para explorar os genomas selvagens e exóticos das amoras é perfeito.

Estão em curso projetos de genética e genómica para procurar a diversidade e a resistência às alterações climáticas

O Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) em Portugal, em conjunto com a Cooperativa Europeia para os Recursos Genéticos Vegetais (EPGR), já começou a explorar e a criar espécies autóctones de amoras. O investigador Pedro Brás de Oliveira está a liderar o trabalho para desenvolver amoras que se adaptem a uma utilização reduzida de recursos como água, fertilizantes e pesticidas. Uma vez que o sul da Europa e o norte de África têm registado uma precipitação abaixo da média. É essencial desenvolver uma genética adaptada às condições locais e ao mesmo tempo resiliente às mudanças climáticas observadas nos últimos anos, como parte de uma estratégia a longo prazo (…).

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo (clique aqui) edição de dezembro 2023.