Este tipo de iniciativas tem um impacto que vai além da escola. “As escolas agrícolas têm uma missão muito importante: estimular territórios muitas vezes esquecidos, despovoados e com ameaças ambientais. Somos das poucas instituições capazes de responder a esses problemas”, refere Agostinho Ferreira, diretor adjunto da Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa.

A Escola Profissional Agrícola da Quinta da Lageosa, sediada em Aldeia do Souto – Covilhã, apresentou esta quarta feira (24 setembro) um projeto no âmbito do Green Skills, focado no “Aproveitamento e Valorização de Resíduos de Maçãs”, em parceria com instituições internacionais. “Temos trabalhado ao longo dos anos com uma entidade italiana responsável pelos Erasmus, e foi nesse contexto que surgiu a proposta para elaborar um projeto na área ambiental”, explica Agostinho Duarte Ferreira, diretor adjunto da escola.

Alunos no centro da experiência

O projeto envolveu alunos do 12º ano, em várias etapas: pesquisa, contacto com empresas e ensaios práticos. “A primeira fase foi de pesquisa, depois vieram as conversas com empresários da área e, finalmente, a elaboração de trabalhos para responder ao desafio colocado”, refere este responsável.

No campo dos agroecossistemas, a colaboração com a AAPIM – Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha, permitiu aprofundar conhecimentos sobre pragas e doenças. “Daí conseguimos elaborar medidas como a construção de infraestruturas que favorecessem a biodiversidade funcional e métodos menos agressivos de controlo de pragas”, acrescenta.

Da fruta ao produto final

Na vertente agroindustrial, os parceiros italianos ajudaram a transformar os subprodutos em novas soluções alimentares, como bolachas e barras de cereais. Também a empresa CBA Fruit contribuiu, partilhando a experiência no processo de extração de sumo e no aproveitamento dos resíduos resultantes.Segundo o responsável, os próximos passos passam por consolidar a investigação: “O subproduto vai agora servir de matéria para uma prova de produção profissional. Quem sabe, poderá até ser apresentado em concursos de valorização.”

[Toda a reportagem proximamente na edição impressa e digital da Revista Voz do Campo]


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