Em 2022 celebrou-se pela primeira vez, no dia 12 de maio, o Dia Internacional da Sanidade Vegetal, proclamado pela ONU, e veio reforçar a importância de se aumentar a consciência global sobre a importância da saúde das plantas para a Vida na Terra.

Em linha com esta relevância e atendendo às atribuições da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) neste domínio, intervimos em diversas áreas, designadamente: a avaliação e autorização de produtos fitofarmacêuticos e na implementação da regulamentação do uso sustentável de produtos fitofarmacêuticos; a prospeção e inspeção fitossanitária; o controlo e certificação de sementes e de material de propagação vegetativo; inspeção fitossanitária para certificação para exportação e controlo à importação; registo e controlo de unidades de tratamento térmico e de fabrico de embalagens de madeira, etc.

Na área dos produtos fitofarmacêuticos a DGAV concedeu 117 autorizações referentes a novos produtos fitofarmacêuticos, procedeu ao registo de 16 produtos, à renovação de 39, concedidos alargamentos de espetro a 50 produtos e emitidas 83 extensões de usos menores.

O ano de 2022 foi também marcado por uma intensa atividade no domínio da prospeção e inspeção fitossanitária, tendo a DGAV, em articulação com as Direções Regionais de Agricultura e Pescas, com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e com as entidades homólogas das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, implementado 90 programas de prospeção fitossanitários em todo o território nacional, dos quais 85 visam pragas de quarentena ou alvo de medidas de emergência da União. Este trabalho permitiu detetar desde o inicio do ano, a presença no território nacional de 10 pragas de quarentena (Toxoptera citricidus, Elsinoë fawcettii, Eotetranychus lewisi, Flavescência dourada, Globodera pallida and Globodera rostochiensis, Ralstonia solanacearum, ToLCNDV, Trioza erytreae e Xylella fastidiosa), 2 pragas alvo de medidas da União (Epitrix cucumeris, Epitrix papa) e 3 pragas consideradas como um potencial risco emergente (Blissus insularis, Meloidogyne luci, Melanaspis corticosa). Em consequência destas deteções são definidos e implementados programas oficiais de controlo ou irradicação, sendo de realçar os trabalhos em curso para erradicação dos focos de Xylella fastidiosa, ou os planos de controlo biológico da trioza e da vespa das galhas do castanheiro (…).

Autor:
Paula Cruz Garcia
Subdiretora Geral – Direção-Geral de Alimentação e Veterinária

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