João Paulo Catarino Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas

“É necessário não esquecer que as florestas cobrem, em Portugal, uma extensão superior a três milhões de hectares, que é dos países europeus com maior percentagem de área florestal comparativamente à sua superfície, apresentando níveis de produtividade florestal elevados pelo que se tratam de fatores que geram vantagens competitivas face aos congéneres europeus.

Por outro lado, os indicadores económicos do setor não são simples de medir, existindo valores que só recentemente começam a ser reconhecidos.

Damos o exemplo do mercado voluntário de carbono que pela primeira vez irá remunerar os serviços ambientais de fixação de carbono desempenhados pelas florestas. Em termos estatísticos temos que incorporar estes elementos na cadeia de valor florestal, designadamente na componente da produção. Um recente estudo [da Boston Consulting Group] refere que o sequestro de carbono das florestas equivale a 210 milhões de euros anuais, com tendências a aumentar nos próximos anos.

Os espaços florestais são cada vez mais áreas geradoras de serviços múltiplos e suportam inúmeras atividades económicas de base local e regional, que por sua vez alavancam nesses territórios, especialmente nos mais vulneráveis, condições para que se estabeleçam novas empresas e serviços conexos”.

→ Leia a entrevista completa na edição de junho 2023 da Revista Voz do Campo: