Medidas urgentes e busca por soluções sustentáveis para garantir o futuro da citricultura no Algarve
A escassez de água tem se tornado um desafio cada vez mais preocupante para os citricultores da região do Algarve. Com a possibilidade de enfrentarem uma redução significativa no abastecimento de água no futuro próximo, os produtores de citrinos estão a esforçar-se para gerir essa crise iminente.Em entrevista exclusiva à Voz do Campo, José Oliveira, presidente da Associação de Operadores de Citrinos do Algarve (Algarorange), compartilhou as preocupações e propostas daquela entidade diante desse cenário alarmante.
De acordo com este responsável, “o problema da água para os citricultores atualmente é a ansiedade e o drama de possivelmente enfrentarem a falta ou uma redução significativa de disponibilidade de água num futuro próximo”. Acrescenta que os pomares abastecidos pelos perímetros de rega públicos já sofrem cortes de fornecimento de água de cerca de 20%, podendo aumentar dependendo da evolução da seca.
Para os pomares que dependem de captações subterrâneas, a situação é ainda mais crítica, com diversos problemas de escassez de água e até mesmo incapacidade de irrigação. “O grande problema é que não sabemos até quando será possível manter essas captações, uma vez que os lençóis freáticos já atingiram níveis mínimos”, afirmou José Oliveira (…).