A Organização de Produtores da Frusoal fez, pela primeira vez, o balanço da campanha com todos os produtores membros no passado dia 24 de novembro, na sede da Frusoal. O encontro levou à discussão os desafios da produção de citrinos.

A gestão eficiente da água foi um dos temas que dominou o encontro, tendo em conta as dificuldades que o setor enfrenta, em especial, com restrições em curso. A produção de citrinos tem registado uma quebra significativa devido à seca.

“A citricultura fez o seu trabalho nas últimas décadas ao nível do uso eficiente de água. Desde há 20 anos todos os pomares têm instalada rega localizada gota a gota e, na última década, assistiu-se a um forte investimento tecnológico incorporando todas as tecnologias disponíveis, nomeadamente: sondas de humidade, programadores de rega, estações meteorológicas e toda uma interface que permite a gestão à distância e ao minuto consoante as necessidades do agro-sistema citrícola”, explica João Duarte, Diretor Financeiro da Frusoal.

Este trabalho do sector e a utilização da água com elevada eficiência para a produção de alimentos, no entender do Diretor Financeiro da Frusoal, “não tem sido acompanhado por investimento público, em quantidade e qualidade, que garanta o abastecimento de água para a agricultura, mas também para o consumo humano. Torna-se imperioso o aumento da oferta de reservatórios (barragens) que permitam o aproveitamento dos caudais condicionados por chuvas cada vez com menor número de episódios, mas mais intensos/severos e ainda uma política integrada de reaproveitamento das águas”.

A presença da Ceratitis capitata, a Mosca do Mediterrâneo, também é uma preocupação atual dos produtores. Foi, por isso, defendida a criação de uma estratégia a nível regional para controlar esta praga.